De acordo com a assessoria de imprensa, das empresas não houve prejuízos financeiros. / Divulgação
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Os petroleiros diretos e terceirizados da Baixada Santista e Litoral Norte participaram, nesta sexta-feira, do Dia Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência. Eles ficaram nas portas das refinarias e atrasaram o início do expediente da manhã. A troca de turno só aconteceu ás 10 horas.
Os atrasos aconteceram na PBC/UTE Euzébio Rocha, em Cubatão, Terminal Transpetro Alemoa, em Santos, e UTGCA, em Caraguatatuba. Em Santos e Cubatão, por exemplo, os sindicatos de metalúrgicos e construção civil, que representam os terceirizados nas unidades do Sistema Petrobrás, também estiveram presentes para conversar com a força de trabalho.
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"Conseguimos atrasar a troca dos turnos. A pauta foi a defesa da previdência pública para que continue do jeito que está. Combatemos o falso discurso do rombo da previdência", disse Fábio Mello, diretor de Comunicação do Sindicato dos Petroleiros. Ele lembrou ainda que a Previdência Social pode ser totalmente sanada, se quem deve para ela fosse cobrado.
Além de discutir sobre a Previdência Social, os dirigentes também abordaram outros temas centrais, como a retirada de direitos imposta pela reforma trabalhista e o plano ultraliberal de privatização do patrimônio público, principalmente sobre a Petrobras e o pré-sal.
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Mello disse que outras paralisações nas refinarias devem acontecer em breve.
O presidente do Sintracomos, Macaé Marcos Braz de Oliveira, disse aos operários que o ato foi "o tiro inicial na difícil guerra contra os inimigos dos trabalhadores e aposentados, que querem impor a reforma da previdência na força, para aprofundar a miséria do povo".
"Que o governo e os banqueiros saibam, não será fácil", disse o sindicalista. "Não apenas aqui, neste protesto, mas também nos campinhos de futebol de várzea, nos bailes, festas, bares, praias, em casa, na vizinhança, em todos os lugares, este será um dos assuntos".
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Ontem à noite, aconteceu um ato unificado em Santos contra a Reforma da Previdência, com concentração na Estação da Cidadania, que reuniu sindicatos, movimentos sociais, estudantes, coletivos feministas e todos aqueles que entenderam a reforma injusta.
Outro lado
Questionadas sobre a paralisação nos turnos nas refinarias PBC/UTE Euzébio Rocha, em Cubatão, e UTGCA, em Caraguatatuba, e do Terminal Transpetro Alemoa, as assessoria de imprensa da Petrobras e da Transpetro informaram que não houve prejuízos financeiros para as empresas em razão do protesto.
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Os trabalhadores que deveriam ir embora no final do expediente foram obrigados a prorrogar a jornada de trabalho até a entrada dos outros petroleiros.